Revista de Imprensa
Registos Audio Fotografias
dia 3 - 10.00
Sessão de Avaliação da UNIV
dia 3 - 12.30
Sessão Formal de Encerramento
dia 3 - 14.00
Almoço de confraternização com UNIVs de 2003, 2004 e 2005
Sessão Formal de Encerramento
 
Dep. Carlos Coelho
Sejam bem-vindos a Castelo de Vide, srs. dirigentes nacionais do partido, senhores Deputados, minhas senhoras e meus senhores. Cabe-me o privilégio de começar por agradecer, a todos aqueles que colaboraram com esta iniciativa. Na sessão de abertura na presença do Sr. Secretário-Geral, tive ocasião de agradecer aos funcionários do partido que colaboraram com esta iniciativa, e aos dirigentes da JSD que estiveram mais directamente envolvidos nesta acção. Quero agora agradecer aqueles que não são nem funcionários do partido, nem dirigentes da JSD mas que deram o seu melhor para o sucesso desta iniciativa, começando pelo co-autor de grande parte das soluções desta Universidade de Verão, um dos pais da Universidade o Alexandre Picoto, os cinco Conselheiros: a Ana Miguel, o Carlos Lopes, o Ricardo Leite, a Magda Borges e o Bruno Ribeiro, o Paulo Colaço e a equipa do JUV, o Duarte Marques, o Rodrigo Moita de Deus, o Ricardo Lopes, o Gonçalo Capitão, a Liliana Batista e o Marco Santos. Todos estes quadros políticos ou foram dirigentes da JSD ou foram alunos da Universidade de Verão, já constituem uma equipa que ostenta com orgulho o símbolo da sua participação em anteriores edições desta universidade.

Sr. Presidente do PSD tivemos entre nós um excelente naipe de oradores, professores e conferencistas, académicos, políticos e intelectuais do PSD membros da sua direcção nacional, independentes e até um dirigente sindical com outra militância partidária. Dr. Luís Marques Mendes pode orgulhar-se da geração que aqui tem, quer da geração que esteve em 2006, quer daquelas que estiveram em 2005, em 2004 e em 2003. Uma geração que foi exemplo de pontualidade, de rigor, de qualidade e de participação. Em 2006 essa participação naquilo que é mensurável neste momento atingiu um recorde relativamente às edições anteriores. E no momento em que se diz que os jovens estão afastados da política, e que não têm nenhum tipo de sensibilidade para a intervenção cívica, estes jovens que prescindiram de uma semana das suas férias deram um exemplo gritante ao país, porque há jovens que querem participar e que o querem fazer com qualidade. Sr. Dr. Luís Marques Mendes sou testemunha do seu empenho e do seu apoio a esta acção, sou testemunha e sei que nas suas prioridades políticas colocou, e a meu ver muito bem as preocupações de rejuvenescer o partido, de qualificar a acção política, de apostar na formação. Creio que é essa a forma séria de fazer política que pode fazer a diferença e termino com um agradecimento em meu nome e em nome de todos os participantes da Universidade de Verão de 2006, quero que saiba que não ficámos indiferentes à sua decisão de associar o discurso da rentrée ao encerramento desta Universidade de Verão de 2006. Sabemos, que por isso, é alvo de críticas e incompreensões  até dentro do nosso partido, mas é com sinais políticos que se marca a diferença, continue nessa linha que vai bem. Muito obrigado.
 
Dr.Luis Marques Mendes
No encerramento desta Universidade de Verão quero fazer desde logo algumas saudações, saudar desde logo e em primeiro lugar o sr. Presidente da Câmara de Castelo de Vide, o concelho que nos acolhe, agradecer-lhe o seu apoio, agradecer-lhe a hospitalidade que sempre vem demonstrando, na sua pessoa cumprimentar o excelente autarca que é, saudar toda a população deste concelho e saudar também na sua pessoa os demais autarcas e vários Presidentes de câmaras igualmente muito competentes que aqui nos honram com a sua presença, muito obrigado.

Quero saudar em segundo lugar o magnífico reitor desta Universidade, o nosso amigo e companheiro Carlos Coelho. Reitor, o Carlos Coelho é uma semana por ano, magnífico é o ano todo, porque é de facto uma pessoa notável, notável na competência, notável na seriedade, notável na dedicação e na enorme capacidade de trabalho, o partido fica-lhe a dever hoje mais este inestimável serviço, para o Carlos Coelho a minha admiração e a nossa sincera homenagem.

Saúdo o Instituto Francisco Sá Carneiro na pessoa do seu presidente Dr. Mota Amaral que aqui esteve no início dos trabalhos e que dá suporte e dinâmica a esta iniciativa, e saúdo de uma forma especial a JSD, na pessoa do Daniel Fangueiro presidente da JSD. Quero dizer-lhe que acho que o empenho que a JSD tem colocado nesta e nas anteriores edições da Universidade de Verão é uma excelente ideia, é uma grande iniciativa, esta é uma grande forma de contribuir. Esta é das formas que a JSD tem a meu ver das mais importantes de contribuir decisivamente para atrair os jovens para a vida política. É uma forma nova, moderna e diferente de fazer política, e por isso lhe quero dizer, caro presidente da JSD, que comigo na liderança do partido esta iniciativa não acaba e se possível será reforçada no futuro. Parabéns e bem haja.

Saúdo todos os dirigentes do partido que aqui hoje quiseram vir sem excepção e de uma forma muito especial o presidente do PSD Açores, a nossa particular solidariedade para as circunstâncias difíceis  com que se faz política na Região Autónoma dos Açores, e sobretudo é bom conviver com este grande número de jovens que aqui estiveram este ano e também estiveram no ano passado. E justamente como os últimos são os primeiros a minha saudação fundamental é para todos vós, para os jovens que participaram durante uma semana nesta Universidade de Verão, quero felicitar-vos pela coragem, a coragem que tiveram de prescindir de uma semana de férias para aqui estar a estudar, a aprender, a evoluir e a trabalhar. Felicito-vos pelo empenho. Esta Universidade foi um sucesso cá dentro e na repercussão no exterior, isso deve-se acima de tudo ao vosso empenho, à vossa participação e à qualidade do vosso trabalho.

Quero felicitar-vos também pelo exemplo. Ao participarem numa iniciativa como esta que visa a formação, a qualificação política, o sinal que estão a dar para o exterior é este, que é um sinal muito positivo, o de que cada um quer afirmar-se pelo seu mérito e não pelo carreirismo político. É assim que deve ser. E quero fazer-vos um pedido: Há muitos e muitos jovens em Portugal com qualidade mas que não gostam da política, que não se sentem atraídos pela vida política, que até desprezam a vida dos partidos e a vida da política em geral. Que acham que todos os partidos são iguais e todos os políticos são iguais. Eu quero pedir-vos que transmitam a muitos desses jovens que são vossos amigos, vossos colegas de estudo ou vossos companheiros de trabalho que lhes transmitam e lhes expliquem isto, que nem todos são iguais. Que nós aqui no PSD fazemos coisas diferentes e acima de tudo que lhes transmitam que fazemos política com alegria e com boa disposição, mas ao mesmo tempo o fazemos como esta semana ficou provado, com ética, com seriedade, com princípios, com valores e com convicções. É que para nós a pureza dos princípios e das convicções é sempre muito mais importante que a lógica dos interesses ou a lógica das conveniências.

Caros amigos, Portugal vive hoje uma encruzilhada. É a primeira vez em muitos anos que se dá uma retoma económica na Europa e que Portugal não a consegue acompanhar. Nas últimas décadas sempre que a Europa saiu de uma crise e começou a crescer, o nosso país conseguiu sempre crescer mais do que a Europa. Foi assim no final da década de 80, foi assim com a crise económica de 93 e 94. Nesses períodos a Europa cresceu, saiu da crise e Portugal cresceu sempre muito mais do que a Europa, agora lamentavelmente está a suceder o contrário. A Europa já está a crescer mas Portugal cresce menos, muito menos, está a crescer menos de metade do que sucede na União Europeia. É aquilo que infelizmente vai acontecer este ano, é o que todas as previsões infelizmente apontam para os próximos anos, esta é uma realidade preocupante e é uma realidade que tem consequências práticas. Isto significa na prática que o nível de vida dos portugueses em cada ano que passa está mais longe do nível de vida dos europeus. Isto significa que Portugal não consegue competir com os seus parceiros da Europa e que na comparação com os outros países ano a ano ficamos mais pobres, isto significa que não recuperamos poder de compra, que não combatemos o desemprego, que não criamos postos de trabalho, que não conseguimos criar oportunidades para milhares de jovens licenciados, milhares de jovens que acabam um curso superior e vão de imediato parar ao desemprego. Tudo isto é grave, mas mais grave ainda é que ao fim de ano e meio vê-se que o governo não tem uma estratégia para dar a volta a esta situação e para enfrentar este problema. Todos os dias a verdade dos factos vai vencendo a propaganda do governo. A propaganda prometia a criação de 150.000 postos de trabalho, a verdade é que o desemprego é hoje maior do que era há um ano atrás e o número de licenciados no desemprego aumentou fortemente. A propaganda prometia não aumentar impostos, a verdade é que houve um brutal aumento de impostos que o governo decretou e que não era necessário, que penalizou fortemente as empresas e a economia. A propaganda prometia reduzir em 75.000 o número de funcionários públicos, era a promessa de que por cada 2 funcionários públicos que se reformassem só um de novo é que seria admitido. A verdade é que o ano passado o número de funcionários públicos aumentou e nos primeiros seis meses deste ano aumentou ainda mais. A propaganda anunciou tudo o que havia para anunciar, o Simplex, o PRACE e o Plano Tecnológico, ao fim deste tempo a verdade é esta, no Simplex verdadeiramente já ninguém acredita, quanto ao PRACE ainda não viu a luz do dia, e o plano tecnológico como diz um ex-ministro socialista nunca passou de um mero powerpoint. E quero aqui recordar-vos que até o ambicioso projecto de colaboração com o MIT que foi anunciado com grande pompa e circunstância, e tinha um prazo para cumprir, 30 de Junho, até esse projecto não passa hoje de uma mão cheia de nada. E o pior é que o governo que foi muito rápido a anunciar nem sequer dá uma explicação porque é que não cumpriu, cumprindo assim também a sua obrigação de informar e de prestar contas aos portugueses.

A propaganda prometeu grandes investimentos para pôr o país a criar riqueza, a verdade mostra que todos os investimentos prometidos falharam e que nenhum se concretizou. Não foi só a Refinaria de Sines, foram todos os projectos anunciados. A imagem que os portugueses vêem é o governo sempre a prometer mais investimento e todos os meses fábricas a saírem de Portugal e empresas a fecharem. A propaganda disse que os portugueses tinham de apertar o cinto para pôr ordem nas contas do Estado, a verdade dos factos é que os portugueses emagrecem e o aparelho do estado engorda. Em 2005 à custa de mais impostos os gastos do aparelho de Estado subiram brutalmente, mais 4.200 milhões de euros. E nos primeiros 7 meses deste ano os gastos do Estado voltaram a aumentar, a derrapagem na despesa do Estado é 12 vezes superior, repito 12 vezes superior ao que estava previsto no orçamento do governo, um escândalo… Nem aqui o Governo consegue cumprir a sua palavra. Mas para melhor se perceber terra a terra a gravidade desta situação quero dar-lhes um exemplo. Se a despesa do Estado prevista no orçamento estivesse a ser cumprida e não estivesse descontrolada, isso permitiria já hoje reduzir o IRC sobre as empresas em 4 pontos percentuais, ou seja, baixar o IRC sobre as empresas de 25 para 21%, e tudo isto sem qualquer prejuízo para o deficit mas com uma grande vantagem para o país. Era a possibilidade de atrair novos investimentos, de criar mais riqueza e de gerar mais postos de trabalho. Como se vê esta política é um erro, a nossa política seria outra e diferente. Reduzir o monstro do Estado para apostar no investimento, na criação de riqueza e de postos de trabalho. Como se vê com estes factos e contra factos não há argumentos o Governo não tem uma estratégia de desenvolvimento do país, o Governo limita-se a gerir o continuado empobrecimento de Portugal. Esta é a política do governo, mas não é a nossa política, nós não resignamos a gerir a situação, nós não nos conformamos com este estado de coisas.

Portugal tem que pensar em grande e os portugueses têm que agir com ambição. Portugal só tem sucesso se voltar a crescer mais do que a Europa, Portugal só inverte esta situação se criar condições para crescer pelo menos 3% ao ano. Crescer 3% ao ano, tem que ser o objectivo, um grande objectivo. Só a crescer 3%, Portugal volta a aproximar-se da Europa, só a crescer 3%, o nível de vida de cada português se aproxima do nível de vida de cada europeu. Só a crescer 3%, podemos combater o desemprego, só a crescer 3%, podemos criar oportunidades para os jovens que acabam o curso superior e que merecem a oportunidade de um posto de trabalho. Só a crescer 3%, podemos ter um país mais rico mas sobretudo o que é mais importante ter uma sociedade mais justa. Concretizar este objectivo exige políticas diferentes daquelas que estão a ser prosseguidas, e tenho vindo a apresentá-las. Na redução do peso das funções e da despesa do Estado como forma de criar condições para atrair investimento e criar riqueza, na diminuição por mútuo acordo do número de funcionários públicos, no domínio da justiça que tem que ser mais amiga da economia, na mudança de modelo de gestão das nossas escolas e do sistema de governo das universidades. Na liberalização dos transportes que são um verdadeiro sorvedouro de dinheiros públicos e na reforma da segurança social. A todas estas propostas sérias e necessárias que apresentámos o governo fez ouvidos de mercador, é a arrogância própria de um governo que pensa que é proprietário do país e que é dono dos portugueses. Mas hoje quero ir mais longe, quero apresentar-vos e apresentar aos portugueses novas propostas em três áreas essenciais: na economia, na educação e na segurança social.

Quanto à economia, queremos criar um programa concreto de apoio às pequenas e médias empresas. O governo enche a boca de milhões de euros de anúncios de mega investimentos, mas deixa ao abandono milhares de micro, pequenas e médias empresas que são o motor da economia, que são a principal alavanca das nossas exportações e que são as grandes responsáveis pela criação de emprego em Portugal. As prioridades do governo estão invertidas em relação ao que o país precisa, a prioridade tem de ser reanimar a economia por isso temos que apostar no motor da economia: as pequenas e médias empresas. A proposta que o PSD vai apresentar na Assembleia da República antes do Orçamento de Estado vai contemplar, entre muitas outras, as seguintes três medidas essenciais. Primeira - pagamento das dívidas do Estado às empresas, o Estado neste plano não tem sido pessoa de bem, não paga a tempo e horas aos seus fornecedores, paga normalmente com meses, e às vezes até com anos de atraso, esta situação cria especiais dificuldades às nossas pequenas e médias empresas, urge mudar com coragem esta situação.

A medida que propomos é no sentido de aprovar um programa de pagamentos devidamente escalonado no tempo para acabar com as dívidas do Estado aos seus fornecedores. No final desse período, se subsistirem dívidas, poderão essas dívidas ser usadas pelas empresas como compensação das suas obrigações fiscais.

Segunda medida – facilitar o acesso ao crédito para investimentos, o sistema bancário não concede crédito sem garantias, as micro, pequenas e médias empresas sentem especiais dificuldades em assegurar as garantias exigíveis para a obtenção de financiamento bancário, e desta forma perdem-se muitos e bons investimentos. A medida que propomos é no sentido de tornar efectivo às pequenas e médias empresas o acesso a fundos de garantia mútuos com financiamentos públicos através do IAPMEI.

O acesso a estes fundos tem de ser assegurado a um cada vez maior número de pequenas e médias empresas portuguesas, só assim se facilitará o seu acesso ao crédito bancário terminando com um dos maiores estrangulamentos hoje existente ao desenvolvimento e à modernização das nossas pequenas e médias empresas.

Terceira medida – incentivar a criação nas pequenas e médias empresas de núcleos de investigação, de desenvolvimento e inovação. Um dos maiores problemas das pequenas e médias empresas está justamente aqui, no investimento em inovação e em investigação e todos sabemos quanto hoje isso é fundamental. Ao contrário das empresas com maior dimensão as pequenas e médias não dispõem de recursos que lhes permitam investir em inovação, no design, na marca, em investigação. E, todavia sem esse investimento não conseguem, ganhar escala, não conseguem exportar mais, e sobretudo não conseguem internacionalizar-se.

A medida que propormos é no sentido de dirigir os apoios financeiros à investigação e inovação para  dentro das próprias empresas, em vez de os canalizar exclusivamente para as universidades e para os laboratórios do Estado.

O Governo acha que os investigadores e doutorados devem estar apenas nas universidades e nos institutos públicos, nós queremos diferente. Queremos os investigadores e doutorados também dentro das empresas a fazer investigação, a promover a inovação, a contribuírem para modernizarem e desenvolverem o motor da economia que são as pequenas e médias empresas.

Em segundo lugar quanto à educação: queremos criar um sistema nacional de avaliação das escolas, os alunos são avaliados, os professores são avaliados, só ninguém parece interessado em avaliar as nossas escolas, e a verdade é que nenhuma avaliação de alunos e de professores é verdadeiramente eficaz, se não se fizer a avaliação das escolas. A proposta que vamos apresentar na Assembleia da República é no sentido de criar um regime que nunca existiu e não existe em Portugal. O regime de avaliação nacional das escolas do ensino básico e secundário, públicas e privadas. Avaliação essa a cargo duma entidade independente e exterior às próprias escolas e com a obrigatoriedade da publicitação anual dos seus resultados. O objectivo é claro e é importante. Em primeiro lugar é o de permitir que a sociedade, os pais, os professores e os alunos conheçam o ranking nacional de qualidade das nossas escolas. Condição necessária para as famílias melhor poderem escolher a escola dos seus filhos. Actualmente as famílias não sabem o que realmente se passa nas escolas, não as podem comparar com outras escolas, e muitas vezes não conseguem fazer a escolha mais adequada, é essencial que os pais e os alunos tenham liberdade de escolher, e o possam fazer acima de tudo com total conhecimento de causa. Esta proposta permite também em segundo lugar que os responsáveis políticos, os dirigentes das escolas, os pais e os professores conheçam a realidade de cada uma para que o esforço se concentre no apoio àquelas que são mais problemáticas, assim reduzindo assimetrias sociais e regionais. Num país como o nosso com grandes discrepâncias no território nacional, escolas de excelência por um lado e escolas problemáticas por outro, esta é também uma importante exigência de justiça social. É sobretudo uma proposta inovadora, um contributo decisivo para um ensino mais competitivo e exigente. A competitividade e o crescimento de 3% que o país requer passa também pela competitividade entre as nossas escolas e pela competitividade dentro do nosso sistema de ensino.

Segunda proposta no domínio da educação - obrigatoriedade de divulgação pública em relação aos licenciados no desemprego dos cursos que tiraram e das universidades que frequentaram. Hoje, o Estado divulga periodicamente, o número de licenciados no desemprego, infelizmente um número cada vez maior, o país sabe quantos desempregados licenciados existe, mas o país não sabe quais são as licenciaturas que têm e quais as escola do ensino superior onde foram tiradas, e contudo esta informação é fundamental, é fundamental para todos melhor perceberem os cursos que têm poucas ou nenhumas saídas profissionais, é fundamental para melhor se conhecer da qualidade de cada escola do ensino superior, os jovens, os país e as famílias têm direito a esta informação, ela é essencial para uma opção consciente do curso a tirar e da escola, da universidade ou do politécnico a frequentar, uma escolha que tem de ser feita em consciência, sem enganos e sem falsas ilusões, os jovens têm direito a um curso superior, que seja realmente uma ferramenta para o emprego e que não seja um passaporte para o desemprego, esta é também é uma forma de ajudar a combater o flagelo dos jovens licenciados.

Terceira e última proposta, no domínio da Segurança Social, entendo que a reforma da Segurança Social é a mais importante e a mais delicada que o país tem pela frente, importante que estamos a falar de garantir pensões de reforma, garantir pensões de reforma a todos os pensionistas, imperativo de solidariedade, mas garantir pensões de reforma em particular aos jovens que hoje começam a trabalhar ou àqueles que há poucos anos entraram no mercado de trabalho, uns e outros, aqueles que já estão no mercado de trabalho, ou aqueles que vão entrar, têm de ter a garantia de que no final da sua vida activa e profissional têm assegurada a pensão a que têm direito, hoje essa incerteza paira na cabeça de todos, reforma delicada porque é em função da diminuição das taxas de natalidade e do aumento, por outro lado, da esperança de vida, é cada vez menor o número de pessoas que desconta para a Segurança Social e é cada vez maior o número de pessoas que recebe pensões da Segurança Social. Em cima da mesa, caros amigos, estão duas propostas, a do Governo, e a do PSD, são propostas baseadas em modelos diferentes, a do Governo é mais do mesmo, mantém o modelo que existe, apenas com algumas correcções, pode atender a problemas necessários de curto prazo, mas repete os erros do Governo do Eng. Guterres, não garante a viabilidade da Segurança Social no médio, no longo prazo e conduz a prazo a uma brutal redução do valor das pensões da reforma, não é justo, eu olho para vós, olho para todos os jovens do meu país e não posso aceitar a ideia de que no final da vossa vida profissional o máximo a que podem aspirarem é a ter uma pensão de reforma cujo valor é sensivelmente metade do valor actual, esta é todavia a consequência injusta e inevitável da proposta do Governo, a proposta do PSD é outra e é bem diferente, é uma proposta que assegura a sustentabilidade da Segurança Social no curto, no médio e no longo prazo, é uma proposta que garante pensões de reforma mais elevadas, é uma proposta que representa um novo modelo, mas um modelo, vejam bem, já em vigor, nos países mais desenvolvidos da Europa, de que a Holanda é um excelente exemplo, o modelo mais justo, o modelo a pensar nos dias de hoje, mas sobretudo a pensar no futuro e não sou eu apenas que o digo, têm-no dito vários especialistas nesta matéria que nada têm haver com o PSD. Aqui chegados, que a matéria é muito sério, quero dizer-vos e quero dizer aos portugueses, esta não é uma reforma qualquer, é uma reforma de geração, uma reforma para se prolongar no tempo, ao longo de várias décadas independentemente das normais mudanças de Governo, uma reforma que tem de terminar com a incerteza que hoje paira sobre os actuais e os futuros pensionistas, por isso mesmo, considero fundamental que esta reforma da Segurança Social seja feita através de um acordo entre o Governo e o PSD para garantir solidez na Segurança Social, para acabar com este clima de incerteza, para evitar a prazo uma forte redução das pensões de reforma, foi esse acordo que esta semana mesmo propus ao Primeiro-Ministro, um acordo que considero um imperativo nacional, um acordo para o qual espero, todos os portugueses esperam a disponibilidade do Governo, um acordo que só pode ser útil ao país, os portugueses precisam de ter confiança na sua Segurança Social, precisam de ter confiança naquilo que é um esforço de solidariedade do estado quando terminam a sua vida activa, mas essa confiança não existe se as regras mudarem de cinco em cinco anos, sempre para baixar pensões, como sucedeu com a reforma feita em 2001 quando era Primeiro-Ministro, António Guterres, quando então o partido socialista garantiu que essa reforma era para cem anos e afinal não durou mais do que cinco anos. Não podemos repetir os erros do passado, os portugueses precisam de acreditar no futuro, os portugueses e em especial os jovens, merecem mais e merecem sobretudo muito melhor.

Caros amigos, uma palavra final, esta é a nossa forma de fazer política e de fazer oposição, saudando o que for de saudar, criticando o que houver de criticar, mas acima de tudo apresentando alternativas e propondo caminhos diferentes para o país. Nunca um partido da oposição apresentou tantas propostas, e propostas de fundo em áreas tão importantes e tão sensíveis para o presente e para o futuro do país. É este o nosso caminho, um caminho de responsabilidade e de credibilidade. Nunca proporei nada na oposição que não tenha a certeza de poder cumprir no governo. Mas este é um caminho de ambição: Portugal tem de ter ambição, ambição temperada pelo realismo, mas nunca travada pelo pessimismo crónico, pela mesquinhez e pela falta de coragem para assumir decisões. Temos de pensar em grande, temos de ter metas ambiciosas, claras e de preferência quantitativas. Crescer a três por cento é um grande objectivo, temos de nos mobilizar por causas que valem verdadeiramente a pena, que vão ao encontro daquilo que são os anseios e as aspirações mais profundas dos portugueses, é o caso do apoio às pequenas e médias empresas, é o caso da avaliação da qualidade das nossas escolas, é o caso dos licenciados no desemprego, é o caso da garantia das pensões de reforma, e temos de fazer tudo isto com exigência e com orgulho, o orgulho que temos em sermos sociais democratas, personalistas, humanistas e solidários, mas mais importante, o orgulho que temos em Portugal, o orgulho que todos temos de sermos portugueses, obrigado.

Viva a JSD!

Viva o PSD!

Viva Portugal!
 
Dep. Carlos Coelho
Agora que terminou a sessão pública formal de encerramento, temos uma cerimónia mais nossa para fazer, pedia ao Daniel Fangueiro que viesse para aqui e naturalmente ao Presidente do PSD, o Dr. Marques Mendes, uma vez que é a assinatura dele que está nos documentos que vamos distribuir, e que são os diplomas de participação aos jovens que estiveram na Universidade de Verão 2005 e que se quiseram juntar a nós hoje.

Adelina Cabral, Rui Alexandre Cunha Pereira, Ana Filipa Janine, Bruno Ventura, Bruno Ribeiro, Carlos Serra, Carlos Nunes, Carlos Guerreiro, Cristóvão Norte, não está. Duarte Nuno Alves Brito, Fernando Tagão dos Santos, Felisbela Alves, Guida Louro de Sousa, João Matos Rosa, Jorge Humberto Dias, Jorge Moreira Azevedo, Liliana Batista, Magda Borges, Nelson Marques, Nelson Faria, Nelson Sá, Nuno Costa Ferro, Nuno Piteira Lopes, Pedro Gomes António, Pedro Morais Veloso, Ricardo Costa Branco, Ricardo Videira, Rita Pato, Ruben Badaró, Susana Hermenegildo, Isabel Cavaco, Sandra Rodrigues, Vanessa Lourenço, Vasco Rosa da Silva, Adelina Cabral, Filipe Viana.

Agora, de acordo com a tradição vamos entregar um símbolo da Universidade de 2006 aos participantes de 2004 e 2003 que se quiseram juntar a nós. Parece que há alguns participantes de 2005 que estão aí e que não preveniram a organização, depois vemos isso no final porque está tudo cá, como não preveniram nós não podíamos chamar.

Ângelo Pereira, António José Miranda, Carlos Sezões, Daniel Carreiras da Silva, Joaquim Grilo, Luís Nilton, Miguel Garcia, Fernando Bravo, Joana Santos, João Alexandre, João Ferreira, Luís Viegas Cardoso, Rui Fernandes, Rui Robalo e Sara de Sousa Santos.

Minhas senhoras e meus senhores, está concluída a cerimónia de encerramento da Universidade de Verão 2006, em nome do Presidente do PSD, Dr. Luís Marques Mendes, convido-vos para o almoço de encerramento. Primeiro, para tomarem um aperitivo, lá fora junto à piscina e depois para almoço neste espaço, que entretanto vai ser preparado. Muito obrigado e até para o ano.