Revista de Imprensa
Registos Audio Fotografias
dia 3 - 10.00
Sessão de Avaliação da UNIV
dia 3 - 12.30
Sessão Formal de Encerramento
dia 3 - 14.00
Almoço de confraternização com UNIVs de 2003, 2004 e 2005
Sessão formal de Abertura
 
Magda Borges
Sejam bem vindos à Universidade de Verão 2006, o meu nome é Magda Borges, e hoje estou na qualidade de Conselheira, mas fui aluna o ano passado.

E devo já dizer-vos que a experiência foi tão enriquecedora que eu senti-me tentada a candidatar-me novamente este ano como aluna, mas eu ia ser preterida por todos vocês. Entretanto (eu não sabia) fui convidada para Conselheira.

Não vos vou adiantar muito sobre aquilo que vão vivenciar aqui, vou dizer-vos sim que vai ser uma experiência seguramente que vocês vão guardar, vão fazer imensas aprendizagens, imensos conhecimentos, vai ser seguramente uma semana muito enriquecedora para todos vocês.

As boas vindas que vos estou a dar é obviamente em nome da equipa, a formação política é sem dúvida uma mais--valia, e o PSD nesse aspecto destaca-se muito pela positiva. Antes de vos convidar a ver um filme, gostaria apenas de vos deixar um pequeno pensamento de William Shakespeare, que diz que “razões fortes originam acções fortes”, as razões são conhecidas, as acções vocês vão vivenciá-las durante uma semana.

Muito obrigada.

(Aplausos)

Filme

Na acolhedora cidade alentejana de Castelo de Vide realizou-se a Universidade de Verão 2005:

Pela terceira vez o PSD, a JSD, e o Instituto Francisco Sá Carneiro, organizaram a Universidade de Verão cujo Director foi o Deputado Carlos Coelho.

Os 90 participantes foram seleccionados de entre candidaturas apresentadas em todo o país, com base no mérito, assegurando equilíbrio entre os sexos, idades e proveniências geográficas.

Os participantes foram distribuídos em 10 grupos, identificados por cores diferentes a que correspondiam estandartes com o símbolo da Universidade de Verão.

O símbolo da Universidade foi concebido por Júlio Pisa.

No hall de entrada do Hotel um símbolo gigante assinalava que a aí decorria a UV de 2005. À chegada cada participante recebeu um cartão com a cor do seu grupo, e uma pasta de documentação.

Entre outros documentos, receberam as regras da Universidade de Verão, os cartões de voto e o Livro Quem é quem, onde cada participantes como também os membros da organização responderam a um conjunto de perguntas, fazendo o seu retrato falado.

A estrutura da universidade dividiu-se em conferências temáticas, jantares debate com personalidades e grupos de trabalho.

As personalidades convidadas para o jantar e debate foram: António Carrapatoso, Carmona Rodrigues, Pedro Lince, Rui Rio e Vasco Graça Moura.

Os conferencistas foram: Paula Teixeira da Cruz e António Pinheiro Torres – Sim ou não ao Aborto; Mário David – Os novos desafios da Europa Comunitária; Agostinho Branquinho – Como planear uma campanha eleitoral; Mónica Ferro – Regulação Mundial, papel e reforma da ONU; Jorge Moreira da Silva – Um planeta em perigo, a Humanidade em Risco; Carlos Coelho e Rodrigo Moita de Deus – Falar Claro; Marcelo Rebelo de Sousa – Ciência Política, o papel dos partidos; e Eduardo Catroga – Economia, Portugal é competitivo.

Todos eles produziram intervenções por vezes apoiadas em apresentações audiovisuais, e responderam a perguntas dos participantes. Os trabalhos de grupo eram publicados no JUV, o Jornal da Universidade de Verão. Este Jornal diário inclui igualmente pequenas entrevistas, concursos como “Eu achei curioso que”, e perguntas e respostas a personalidades convidadas.

No final de cada sessão os participantes votavam sobre o grau de utilidade do tema que tinham debatido, por voto secreto avaliavam também o conteúdo da conferência, o conferencista e o suporte documental e audiovisual.

De modo a suscitar a discussão de ideias e estimular a capacidade de oratória, tiveram lugar exercícios de debate parlamentar com 10 temas diferentes.

Os alunos da UV puderam esgrimir argumentos, defender pontos de vista e combater opiniões contrárias, em simulações de assembleia, onde os grupos desempenharam o papel de governo e de oposição, cumprindo as missões que lhes tinham sido previamente destinadas.

Para acompanhar a actualidade doméstica e internacional foi criada uma revista de imprensa nacional e estrangeira, distribuída todas as manhãs.

Na tarde livre organizou-se um peddy-papper por Castelo de Vide, a bonita localidade que nos tem acolhido.

O espírito de equipa revelou-se um lindo arco-iris de cultural geral e política, que suscitou a competição dos grupos dos participantes.

Na sessão de abertura, o director Carlos Coelho afirmou: houve uma coisa que os participantes sublinharam, foi o facto de para lá dos conhecimentos que aprenderam, terem tido aqui também uma escola de valores, de rigor e de trabalho, de solidariedade e trabalho de equipa.

O Presidente da JSD Daniel Fangueiro, disse: Eu o ano passado estive desse lado, também fui aluno, candidatei-me à Universidade de Verão, tive a oportunidade de ter essa experiência, e digo-vos desde já que foi uma experiência marcante, enriqueci e participei em todas as sessões e aproveitei ao máximo aquilo que é esta universidade de verão. Realmente, nunca me hei-de esquecer da minha participação como aluno neste universidade.”

E o Secretário-Geral do PSD, Miguel Macedo, afirmou: “É importante este tipo de realização como é a Universidade de Verão, este trabalho faz-se com gente empenhada, determinada, com vontade, é muito importante, mas com gente de qualidade, que quer apostar numa intervenção política de qualidade, que não se quer perder nas meras questões, nos meros jogos internos.”

No encerramento, o Presidente do PSD, Dr. Luís Marques Mendes, sublinhou: “Esta universidade é um bom exemplo do que um partido político pode e deve fazer, é certo que não é normal, o normal não são iniciativas deste género. Importa reconhecer que os partidos hoje em Portugal vivem demasiado fechados, demasiado virados para dentro de si, às vezes até demasiado entretidos com as guerras da pequena política que não dignificam nada, nem valorizam ninguém.

Nós, ao contrário, o sinal importante que queremos dar é este, mais importante do que passar o tempo a discutir lugares, é sobretudo discutir ideias. É isso que é verdadeiramente movimentador.

Acredito muito nos jovens que aqui estão. Acredito no trabalho que têm feito. Acredito que sairão daqui ainda mais mobilizados para o trabalho futuro. Acredito que o vosso exemplo, das edições anteriores e desta edição vai desenvolver-se, continuar e sobretudo ser aprofundado. E acredito, acima de tudo, que cada vez mais jovens possam participar na vida partidária, na vida do PSD, na vida autárquica, e na vida nacional.”

Esta foi a Universidade de Verão 2005.

Em 2006 continuaremos a fazer mais e melhor, pela formação de uma nova geração de quadros políticos em Portugal.

 
Dep. Carlos Coelho
Sejam bem vindos à Universidade de Verão 2006, vamo-nos conhecer melhor ao longo desta semana, já têm no Livro do Quem é Quem, os vossos retratos falados e os nossos retratos falados, já nos conhecemos um pouco através desses retratos mas vamo-nos conhecer melhor ao longo desta semana.

Permitam-me alguns agradecimentos prévios, primeiro ao Dr. João Bosco Mota Amaral, Presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro, pela sua presença e pelo grande patrocínio do Instituto Francisco Sá Carneiro, que, aliás, baptizou por sugestão dele esta Universidade, a Universidade de Verão 2006 – Francisco Sá Carneiro.

Ao Dr. Miguel Macedo, Secretário-Geral do PSD, pelo empenho, pelos patrocínios que obteve para a universidade, e pela colaboração valiosa que representou a autorização que deu pela participação nesta universidade de diversos funcionários do PSD, o Senhor Secretário-Geral do PSD pode estar certo que nós tiramos proveito da sua generosidade, com a participação, por exemplo, do Teixeira e do Rodrigues com o empenho e profissionalismo nesta excelente base de meios audiovisuais que temos na universidade, simpatia e eficiência da Vera e da Tucha no apoio, a dedicação e a competência do Pedro Antunes da Silva, e o génio criativo e a qualidade gráfica do Júlio Pisa, que uma vez mais é o autor do nosso símbolo, e de toda a produção gráfica desta universidade, para não esquecer a participação empenhada do Matos Rosa que fica sempre muito contente quando nós acatamos as suas sugestões e tornamos a fazer a Universidade de Verão em Castelo de Vide, que é seguramente aquilo que lhe podíamos dar de mais prazer.

Meus caros amigos, uma palavra ainda de agradecimento à JSD, ao Presidente da JSD, ao Daniel Fangueiro, à Presidente da Mesa do Congresso, à Zita, e a todos aqueles que colaboraram, são muitos, uma palavra especial ao Secretário-Geral e ao Vice-Presidente para a formação, o Pedro Rodrigues.

Nesta universidade começamos também por agradecer aos vossos colegas que estiveram em 2003, em 2004 e em 2005. Como vocês vão ter ocasião de ver, vamos pedir a vossa opinião para avaliarem esta universidade, porque todas elas (de 2003 para 2004 de 2004 para 2005, e de 2005 para 2006) fizemos sempre melhorias, e a Universidade de Verão que vocês vão viver esta semana não é uma realidade que caiu do céu, é uma experiência que foi feita a primeira vez em 2003, corrigimos o que estava mal, melhorámos, inovámos, introduzimos alterações e isso deveu-se à avaliação dos vossos colegas dos três anos anteriores. E portanto, a vossa última colaboração, uma das últimas colaborações que vos vamos pedir, é que façam esse exercício, de avaliar esta experiência para que a Universidade de Verão de 2007 ainda possa ser melhor, graças aos contributos que vocês irão dar ao longo da semana, mas, sobretudo, no último dia, no dia 3.

Esta é uma universidade interactiva, essa interactividade é feita de diversas formas.

E a primeira é a intranet, há uma intranet a que podem aceder através da UV2006, quem trouxe computador, através dos vossos computadores, se os vossos computadores não têm a capacidade de aceder à rede Wireless podem pedir à organização emprestados as placas para poderem aceder à intranet, quem não trouxe computador, tem lá em cima, no primeiro andar, junto ao restaurante, 10 computadores para poderem entrar na intranet e para poderem participar.

Através do vosso código vocês podem entrar directamente na vossa área e fazer as vossas sugestões, participar através da net. Mas se por alguma razão, ou os computadores estão todos ocupados, ou não querem participar através da net, podem fazê-lo por escrito. São várias as formas com que vamos fazer-vos participar durante esta semana.

Uma delas é o JUV. O JUV é o Jornal da Universidade de Verão, é sobretudo obra do Paulo Colaço e do Júlio Pisa, mas quem vai fazer o jornal são vocês, vocês vão ser os autores do jornal da Universidade de Verão, porque o jornal vai dar todos os dias uma visão daquilo que é a vossa actividade, quer em grupo quer a nível individual, em diversos concursos a que farei referência mais à frente.

Portanto, convido-vos a participar activamente através do JUV. O JUV tem uma edição que sai geralmente por volta da uma, duas da manhã, é distribuído pelos quartos, por baixo da porta, portanto, quem estiver na cama a essa hora, verá o JUV de manhãzinha quando acordar, quem por alguma razão ainda gravitar nos corredores da Universidade de Verão terá ocasião de ver fresquinho o JUV a sair das nossas rotativas.

A nossa interactividade é também assumida através das sugestões, das perguntas, e do achei curioso. São instrumentos de participação não obrigatória. Essa participação não obrigatória visa porém estimular a vossa participação. A primeira é as perguntas, todos os dias podem dirigir perguntas escritas a duas personalidades. Uma personalidade é o conferencista que estará connosco ao jantar, e as outras cinco personalidades são personalidades conhecidas, o Professor João Deus Pinheiro, Vice-Presidente do grupo do PP no Parlamento Europeu, antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros, antigo comissário europeu; Dra. Manuela Ferreira Leite, antiga Ministra da Educação e das Finanças; o Dr. Pedro Duarte, antigo Presidente da JSD e actual Deputado da Assembleia da República, e ex-secretário de Estado da Juventude; e, dois formadores que estiveram connosco o ano passado e que hoje são dirigentes partidários, Dr. Agostinho Branquinho que é presidente distrital do Porto, e a Dra. Paula Teixeira da Cruz, que é presidente distrital de Lisboa.

Em todos os dias vocês terão oportunidade de, se quiserem, fazerem perguntas por escrito a estas personalidades. Eles vão seleccionar duas perguntas e vão responder a essas duas perguntas. As duas perguntas seleccionadas e as duas respostas são publicadas no JUV, e todas as outras perguntas são publicadas na intranet e farão parte das actas da Universidade de Verão que serão publicadas em versão digital.

Outro concurso é “Uma sugestão”. Qualquer coisa que considerem que pode ser melhorada durante a vossa estada aqui, façam essas sugestões. Eu sou o destinatário dessas sugestões, verei todos os dias as sugestões que me enviarem, e tentarei responder ou satisfazendo, se for possível, ou ficando com essa sugestão para melhorar a universidade 2007, ou dizendo claramente que é uma boa ideia mas ela não tem condições para ser aplicada. As sugestões também não são obrigatórias, e é se tiverem de facto alguma coisa para sugerir. Não se sintam obrigados a fazer sugestões só por fazer sugestões. Só se tiverem alguma coisa para apresentar.

Outro concurso é “O achei curioso”. O achei curioso tem a ver com a vossa experiência do dia a dia, também é uma contribuição não obrigatória mas se quiserem participar todos os dias podem fazê-lo. Eu hoje achei curioso algum coisa, e apresentarem essa reflexão.

Atenção aos prazos. As “perguntas” para as personalidades devem ser entregues durante a manhã até à 1 hora, que é para nós enviarmos para quem está longe para nos poder responder, alguns estão no país, outros estão mais longe, como o professor João de Deus Pinheiro que está a 2.000 kms. Hoje em dia com as tecnologias da comunicação, a distância é menos relevante, mas ainda demora um bocadinho a chegar lá e as respostas a virem.

O “achei curioso” para efeitos de análise, para a publicação do JUV desse dia é até às 17h30, se enviarem mais tarde e se nós aproveitarmos o vosso “achei curioso” para publicar no JUV já não será na edição desse dia, será no dia seguinte.

As sugestões são a todo o tempo, não têm nenhuma limitação horária.

Finalmente, na interactividade todos os dias vocês vão ser chamados a avaliar as sessões assim que terminarem os temas. É uma participação obrigatória e é um voto secreto. Portanto, haverá umas urnas à saída, vocês passam e depositam o vosso voto. São-vos feitas nove perguntas, três sobre o tema, três sobre o orador, e três sobre a logística.

Sobre o tema, a primeira pergunta é se acham que o tema foi importante, recomendo que façam isso antes de ouvirem o tema, é o tema em abstracto: não interessa se ele foi bom ou se foi mau, se o orador foi convincente ou se o não foi, é o tema em concreto, o tema é importante ou não para estar na Universidade de Verão? Essa avaliação podem logo fazer antes de ouvir, assim que se sentam, quando chegam à sala. Porão 5 se acham que é muito, porão 4 se acham que é bastante, porão 3 se acham que é suficiente, 2 para pouco, e 1 para nada ou quase nada. Depois de ouvirem o tema são solicitados a dizer se acham que ele foi interessante ou se não foi interessante, e se trouxe novidades ou se não trouxe novidades. São três perguntas diferentes sobre o tema.

Sobre o orador, vão ser solicitados a perguntar se acham que o orador sabia da matéria, avaliar o conhecimento do orador; se transmitiu bem, ou seja, a capacidade de comunicação (Sabemos que às vezes há pessoas que sabem muito da matéria mas não sabem transmitir) e, se nos pôs à vontade, portanto, se teve empatia convosco.

Nos temas em que há dois oradores, terão que avaliar os dois oradores.

E depois sobre a logística, duas perguntas sobre os suportes, sobre os textos de apoio, e sobre os suportes audiovisuais. Se não houver põem 1, se não houver nem textos de apoio, nem suportes audiovisuais devem apresentar 1, portanto, significa que não houve nada; e sobre o tempo que foi consagrado nesta universidade a esse tema, se vocês acham que devia ter sido mais, se podia ser mais, se está bem assim, se podia ser menos ou se devia ser menos.

Se não estiverem seguros de uma avaliação não a façam. Se honestamente acharem que não têm condições para dar a vossa opinião, façam um voto branco. Porque é que vos peço isto? Porque a vossa opinião é importante. Nós tratamos todos os votos, estabelecemos depois as médias, e usamos o vosso feed-back para melhorar as edições seguintes.

Vão ver que vos tratamos como uma selecção nacional, podemos ter errado mas aqueles que aqui estão foram escolhidos porque, na nossa opinião (pode ser uma má opinião) vocês são os melhores. E portanto, estão aqui tratados como uma selecção nacional. Têm um conjunto de oradores de primeiro plano, como já viram, e uma das coisas que vos vamos dar todas as manhãs é uma revista de imprensa, já tiveram uma hoje quando chegaram. Essa revista de imprensa dá-vos uma janela de informação sobre aquilo que se passa no país e aquilo que se passa no estrangeiro, há fontes nacionais e há fontes internacionais, têm notícias da CNN, da BBC, do Le Monde, do El Pais, da Agence Europe, do Financial Times, porque achamos que uma selecção nacional de quadros políticos tem obrigação de saber o que é que se passa no nosso país e lá fora.

Essa revista de imprensa é feita pelo Ricardo Lopes que foi o dirigente da JSD, que hoje é gestor e formador, e que é o responsável pela selecção da revista de imprensa que vocês recebem.

Vocês vão ver (se não viram já neste tempo que tiveram de espera a ver as pastas) que há regras para tudo nesta universidade, há regras para os jantares, há regras para os trabalhos de grupo, há regras para os temas, não são complicadas, mas há regras para tudo.

Há no entanto 5 regras essenciais, que são aquelas que aí estão:

- A primeira é ter vontade. Ninguém veio aqui por obrigação ou militância, veio quem quis, quem se candidatou, foi seleccionado e pagou a sua inscrição, portanto, a primeira condição é ter vontade;

- A segunda é querer saber mais, vocês estão instados a participar, a fazer perguntas, a participar nos concursos do “achei curioso”, das sugestões, das perguntas por escrito, no JUV, nas sessões, nos jantares conferência, nos trabalhos de grupo. Querer saber mais é a postura dos participantes da Universidade de Verão;

- A terceira é ser pontual. É uma das coisas que aqueles que acompanharam a nossa acção não queriam acreditar, em todas as Universidades de Verão, até agora, a pontualidade foi a diferença relativamente a outras acções. As nossas sessões não começam às 10h05, às 10h10 ou às 10h20, está marcado para as 10h00, começa às 10h00.

Também não acaba fora de hora, quando estipulamos acabar às 12h30 termina mesmo às 12h30, não há derrapagens horárias, e isso faz toda a diferença num país em que a falta de pontualidade é algo que está a associado à perda de competitividade no mercado global;

- Ser solidário. Com os colegas do grupo de trabalho, com todos os outros participantes, fomentar ambiente de camaradagem e companheirismo;

- E, finalmente, ser construtivo. Dizendo-me a mim ou aos vossos conselheiros qual é a vossa opinião, o que é que pode ser melhorado, o que é que deveríamos alterar.

Quem está cá é quem se candidatou, quem foi seleccionado. Pelas razões que vos disse, vocês são uma selecção nacional para nós.

E olhamos para vocês e usamos uma expressão que é antiga, que é do século XVI, de um senhor Montaigne, que foi um pensador, um ensaísta, um tradutor, um autor, mas também foi um político, foi um homem de Estado, foi Presidente da Câmara, foi Deputado, e que escreveu que o “formando não é um recipiente que devemos encher, mas um fogo que é preciso atear”. E é assim que olhamos para vocês, não como recipientes que queremos encher com ideias, com informações, com mensagens, mas, como portadores de um fogo que necessário atear para uma intervenção política mais consistente, mais participativa, mais qualificada.

Há um autor contemporâneo, Fernando Savater, de quem eu gosto muito que escreveu um dia “que se o que nos ofende ou preocupa é remediável, devemos por mãos à obra, e se o não é torna-se ocioso deplorar, por que este mundo não tem livro de reclamações”, gosto muito desta ideia: este mundo não tem livro de reclamações.

Portanto, se há alguma que nós achamos que está errada devemos pôr mãos à obra, somos chamados à acção política, repito, com eficácia, com informação, com qualidade, mas com determinação.

Meus caros amigos, termino com uma história que alguns provavelmente conhecerão, que é uma história simples de um mendigo em Paris. Um cego que está numa esquina e que pede esmola, tem uma placa, uma cartolina que diz “por favor, ajude-me sou cego”, e não recolhe muitas esmolas. Passa um génio da propaganda, o Júlio Pisa de Paris que vê aquilo, condói-se do cego pega no cartaz, vira o cartaz ao contrário e escreve algo no cartaz. Bem, ao final do dia o cego tem o chapéu cheio de moedas, o publicitário passa novamente por ele, e os cegos (como sabem têm os outros sentidos mais reforçados) percebeu que eram as passadas de alguém que lhe tinha mexido na mensagem e que tinha alterado o comportamento das pessoas que passaram por ele, e perguntou-lhe, “oiça lá, o que é que você escreveu no meu cartaz, que eu tenho o meu chapéu cheio de moedas”, e o publicitário disse-lhe “eu escrevi a mesma coisa que você tinha escrito mas de outra maneira” ele escreveu “é primavera em Paris, mas eu não posso vê-la”.

Isto dá-nos três lições simples, é uma história simples da qual podemos tirar três lições. A primeira, é que a que comunicação em política é essencial, saber comunicar, transportar mensagens é muito importante; a segunda, é que na vida, e a política é a vida, não se destina apenas ao raciocínio e ao cérebro, mas também ao coração e às emoções; e, a terceira, que é talvez a mais importante, citando um livro famoso de uma liberal inglesa, Shirley Williams, é que “a política é para as pessoas”.

A política é mesmo para as pessoas e esta Universidade de Verão é mesmo para vocês.

Muito obrigado.
 
Daniel Fangueiro
Caro Secretário-Geral do Partido Social Democrata, caro reitor e director desta universidade, Carlos Coelho, caro professor Mota Amaral, cara Ana Zita Gomes, presidente da mesa de congresso da JSD, caros representantes, presidente de Câmara de Castelo de Vide, representantes do PSD de Portalegre, caro staff e alunos que foram seleccionados para esta edição da Universidade de Verão de 2006.

Gostava de começar e de dar a minha primeira palavra para a Universidade de Verão, não esta em particular, a de 2006, mas para todas as universidades de verão que se vêm realizando desde 2003. Acho que o facto de estarmos na 4ª edição, com três universidades de verão que foram um sucesso, com cerca de 300 alunos que foram formados nesta mesma sala, com dezenas de conferencistas que tiveram a oportunidade de dar formação aos alunos que foram seleccionados, e, ao mesmo tempo, saber que as pessoas que estiveram cá sentiram que foi um sucesso, e foi uma mais-valia para a sua formação política.

Esta minha primeira palavra não fazia sentido se não tivesse também uma palavra para o Carlos Coelho, Director desta universidade e principal mentor de toda esta formação política, ele que também é um “apaixonado” da formação política por excelência. E esta faz muita falta no nosso país e ao PSD/JSD que tem liderado neste papel no nosso país e nomeadamente no panorama político português.

A vocês, aos alunos de 2006 digo aquilo que tive oportunidade de dizer aos alunos de 2005: realmente é uma sorte estar desse lado. Há pouco respondia ao Paulo Colaço, para uma pequena entrevista que ele me fez, em que me perguntava se eu não tinha, de certa maneira, saudades de ter sido aluno da Universidade de Verão, como vocês puderam ver no vídeo, tive oportunidade em 2004, na segundo edição, de ter sido aluno desta Universidade de Verão, ao que eu respondi que naturalmente se me deixassem passar outra vez por essa oportunidade, e deixassem ter outra vez essa experiência, eu não recusaria. Portanto, se houver uma vaga Carlos, estou disponível.

E portanto, isto para vos dizer que no caso a formação política que se faz nesta semana é deveras importante, esperando da minha parte que vocês sejam muito felizes nesta semana, e que possam integrar-se nesta grande família que é a Juventude Social Democrata e o Partido Social Democrata.

A vocês, àqueles que têm a primeira iniciativa política nesta Universidade de Verão, faço um apelo, um apelo para que esta não seja a primeira e a última, que seja a primeira de muitas iniciativas políticas e que se integrem realmente na política portuguesa, e que realmente façam aquilo que gostam e que lutem pelos vossos ideais.

Àqueles que já estão integrados na política e que fazem parte até da JSD, que continuem, e que esta Universidade de Verão sirva para dinamizar mais a vossa actuação política, e sirva para ser uma mais-valia na vossa actuação no futuro da JSD.

Porque nós, e a nossa vontade, a vontade da JSD é cada vez mais, criar uma geração de excelência, uma geração de futuros quadros, jovens futuros quadros que possam ter uma palavra a dizer no futuro do nosso país.

A JSD apoiou, desde o primeiro minuto, todas as edições da Universidade de Verão, e queria dizer que continuará com o mesmo afinco a apoiar as próximas edições enquanto o PSD, e espero que seja por muitos e muitos anos, continuar a organizar estas iniciativas.

A nossa aposta também é na formação política, também é na vossa formação, é na formação dos jovens quadros, é na aproximação deles à política e na valorização daqueles que já cá estão.

A nossa actuação persiste no facto de podermos, cada vez mais, construir um futuro melhor, de podermos cada vez mais superar as nossas dificuldades, as dificuldades que hoje um jovem tem na sua vivência e na transição de muitas fases da sua vida.

Para nós, a juventude, não pode ter um papel secundário neste país, e os jovens não podem ser deixados para trás naquilo que é o futuro do nosso país.

Aquilo que é de mais importante é fazermos transmitir lá para fora, que de ano para ano há um conjunto de 100 jovens que poderão integrar-se mais uma vez na vida política, e que serão 100 lutadores pela nossa qualidade de vida.

Este governo, como todos têm oportunidade de ver e sentir também, não tem tido sequer uma preocupação com os problemas que afectam a juventude. Temos uma série de problemas, nomeadamente na área da educação, onde os jovens, cada vez mais, têm dificuldade em tirar um curso, em entrar na universidade, em ter condições para acesso ao ensino superior, e mais grave, posteriormente àqueles que tiveram oportunidade de tirar um curso e que querem ingressar no mercado profissional, cada vez mais dificuldade em arranjar um emprego.

Vemos uma geração em que é cada vez mais difícil comprar habitação, e uma geração que se o governo levar avante aquilo de abolir o arrendamento jovem, levará também as esperanças dos jovens portugueses de poderem iniciar uma vida profissional e poderem ter uma habitação.

Da parte JSD garanto que iremos lutar para que o actual modelo do arrendamento jovem seja abolido, mas que acha realmente uma solução diferente e que realmente vá de encontro aos interesses dos jovens portugueses. Isto é que deve ser a verdadeira política de juventude, a preocupação directa com os jovens, mas indo realmente aos seus problemas e não àqueles que realmente eles não têm.

Aquilo que gostava de dizer é que nós contamos com vocês. Contamos com todos vocês que aqui estão, para no futuro termos a tal geração de excelência que este país precisa para evoluir, para se inovar, para se dinamizar. A tal geração de excelência que é necessária para Portugal crescer a nível europeu, a tal geração de excelência que é necessária para Portugal poder ser um país de referência e poder ter os seus quadros e os seus jovens ao mesmo nível dos jovens europeus.

Muito obrigado.

(Aplauso)
 
Dr.Miguel Macedo
Sr. Dr. Mota Amaral, presidente do IPSD, meu caro Carlos Miguel Coelho, director da Universidade de Verão, mais uma vez director desta Universidade de Verão, queria cumprimentar o Sr. Presidente da Câmara de Castelo de Vide, que nos honra com a sua presença, o Presidente da JSD, o Daniel Fangueiro, e a Presidente da Mesa do Congresso, a Ana Zita, o Presidente da Distrital do Partido em Portalegre, e o Presidente da Comissão Política de Secção, e cumprimentar sobretudo todos aqueles que são participantes nesta Universidade de Verão de 2006.

Queria fazer uma curtíssima intervenção. Não vou fazer sequer uma intervenção política, não vou resistir a falar de duas ou três das coisas que nos últimos dias mais me impressionaram no país, mais para a parte do fim, mas acho que numa iniciativa como esta importa dar um testemunho de natureza mais pessoal.

Eu fui militante da JSD,  - em tempos que já lá vão, bastantes anos -, beneficiei muito da actividade, do Carlos Coelho (que então tinha responsabilidades na JSD) desenvolveu no Instituto Progresso Social Democracia em acções que não tinham esta dimensão, não tinham esta dignidade, não tinham esta profundidade, mas que em qualquer dos casos, marcaram um período e uma época de actividade política diferente daquela que nós conhecemos hoje.

Há muitas formas de encarar a política. Eu tenho para mim que, salvo quando por imposição legal, não me devo conformar a ser exclusivamente político, tenho uma profissão, honro-me de a ter, quero exercê-la de novo, vou começar ou recomeçar a exercê-la, e acho que a política deve ser encarada numa única perspectiva: servir as pessoas, servir os cidadãos, servir com seriedade, servir com responsabilidade, servir com exigência.

Quando assim não é, as coisas correm mal. E muitas vezes as coisas correm mal porque a política não atrai ou não tem a capacidade de atrair os melhores. É por isso que esta Universidade de Verão, estas universidades de verão, têm sido muito importantes. No momento em que em Portugal, na Europa, no Mundo se fala da pouca capacidade de atracção da vida política em relação aos jovens, eu acho que há uma fora diferente de apelar à participação dos jovens que não aquela que tradicionalmente conhecemos: a de colar cartazes, irmos a fazer número em torno de slogans, sound bytes. Coisas deste género, um pouco desmioladas às vezes, apelando ao voluntarismo natural daqueles que, sendo mais novos, são julgados como menos capazes de pensar e reflectir sobre os problemas das suas comunidades.

Esta Universidade de Verão é uma experiência, uma realidade e uma certeza diferente de tudo isto.

E eu, como Secretário-Geral do Partido, quero dizer-vos que me honro de pertencer a um partido que quer neste domínio ser outra vez exemplo. Exemplo de fazer trabalho político a sério em iniciativas como esta, apelando à participação de jovens com indiscutíveis qualidades, que desprezam alguns dias das suas férias para estar aqui, a trabalhar, a discutir, a reflectir, a empenharem-se em debates, que de resto, suscitaram o interesse, a adesão, e vão suscitar a participação de personalidades de reconhecido mérito da sociedade portuguesa.

Não é por acaso que esta universidade consegue suscitar a participação do Dr. Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, de tantas personalidades, como Dr. João de Deus Pinheiro, responsáveis sindicais, responsáveis na área da economia, em domínios diversos que vão ter aqui possibilidade de convosco discutirem, debaterem e reflectirem sobre temas importantes da nossa sociedade. Académicos como o Prof. Marcelo Rebelo de Sous. Um conjunto de personalidades vasto.

E queria dizer que para o partido esta realização é tão importante que, pela segunda vez consecutiva, o Presidente do Partido decidiu que a rentrée política do PSD se faz aqui na Universidade de Verão, faz-se aqui no domingo, com a presença dele. Porque pretendemos justamente valorizar este espaço de estudo, de reflexão, de debate, de confronto de ideias, aberto, plural, não exclusivo para militantes do partido, não apelando unicamente aos militantes do partido. Pretendemos valorizar este espaço de debate e fazer dele um exemplo marcante daquilo que nós queremos para o Partido Social Democrata.

E é esta forma e este caminho que vamos prosseguir.

Queria dizer-vos que, em segundo lugar, este espaço é tanto mais importante quanto consegue aqui reunir este conjunto alargado de gente jovem, de gente com qualidade, e de gente que vem aqui connosco discutir abertamente uma série de temas.

Queria dizer-vos que estamos naturalmente convencidos que a Social Democracia é o melhor caminho para Portugal, e estamos tão convencidos disso que não temos nenhum receio de fazer um confronto aberto em torno das ideias que aqui discutimos. Não chamámos aqui só para debater e para dar algumas aulas, se me é permitida a expressão, gente do PSD, vem gente que não tem partido e gente até de outros partidos. Porque nós queremos que o PSD e as pessoas do PSD se habituem a uma coisa que é muito salutar na política e nas comunidades, na comunidade portuguesa: confronto livre de opiniões, confronto inteligente de opiniões, aprofundar as questões, não ficarmos pela rama nem pela espuma dos problemas, reflectirmos sobre eles, informarmos as comunidades e as pessoas, termos uma visão critica, responsável e informada dos problemas.

E este tipo de realizações é evidentemente uma forma magnífica de atingirmos estes objectivos. Sobretudo porque, uma das doenças mais perigosas da política é a demagogia. E quando a demagogia ocupa demasiado espaço na forma de fazer política, geralmente os resultados não são bons.

E queria, para terminar a minha intervenção, dar dois exemplos daquilo que infelizmente em Portugal estamos a viver neste momento: um governo que se preocupa excessivamente com a propaganda, um governo que consome energias e recursos financeiros a fazer propaganda, e consome tempo de menos, capacidades de menos e empenho de menos em concretizar aquilo que promete aos portugueses.

Dois exemplos: estamos no fim do mês de Agosto, quem esteve como nós todos estivemos atentos nos últimos meses, ouvindo responsáveis do Governo, ficaria com a ideia de que este mês Agosto seria finalmente um mês diferente naquilo que diz respeito ao flagelo dos fogos que atinge todos os anos Portugal. Um problema gravíssimo. O Governo durante meses tentou mostrar aos portugueses que tudo estava montado, que tudo estava preparado para evitar este flagelo. Montou estruturas novas, montou um esquema diferente, contratou equipamentos, fez aparentemente tudo para que os portugueses pudessem estar tranquilos durante o mês de Agosto. O que é que verificamos ainda antes do fim deste mês? Numa das semanas deste mês de Agosto, numa das semanas, tivemos o maior número fogos que se registou em Portugal, numa semana só, nos últimos 5 anos.

Aquilo que aconteceu neste domínio foi mais do mesmo. Com duas agravantes: a primeira é esta, o governo fez neste domínio um discurso musculado, exigiu que particulares e autarquias fizessem a limpeza das matas, cuidassem das suas florestas, e prevenissem assim os riscos de incêndios nas suas propriedades. O que é que nós vimos? Neste Verão, tragicamente, - e eu conheço bem aquilo que estou a falar porque sou desse distrito -, o único parque nacional que temos no país, o Parque da Peneda-Gerês (…)

(Um minuto inaudível na transição)

(…) provocando danos muito graves do ponto de vista patrimonial e do ponto de vista ambiental no único parque nacional que temos no país. Parque Nacional que é da exclusiva responsabilidade do Estado, cuja gestão cabe exclusivamente ao Estado, e que deu aqui, por isso mesmo, o péssimo exemplo aos cidadãos e à comunidade da exigência que quer ter para com os cidadãos e para com a comunidade.

Aquilo que nós temos a notar nesta matéria, é que um Estado assim, políticos que agem assim, não podem esperar credibilidade nem respeito por parte dos cidadãos e da comunidade. Não podem. Porque, se querem que a comunidade mude de comportamentos, e é urgente neste domínio mudar de comportamentos, então tem que ser o Estado a criar as condições para, naquilo que lhe diz exclusivamente respeito, prevenir e conseguir que os resultados, no caso de haver um flagelo, um incêndio, não sejam tão gravosos quanto aquele que se registou, por exemplo no Parque da Peneda-Gerês, este ano em Portugal.

Segunda nota que queria deixar (segunda e última, antes de terminar) mais um exemplo de demagogia, de propaganda e de resultados nulos, com óbvios prejuízos para os cidadãos.

Todos se lembram aqui há uns meses, com pompa e circunstância, muitos power points, muitos Ministros, muitos Secretários de Estado, muita comunicação social, de resto, praticamente eufórica neste anúncios do governo, a apresentar um programa que tinha um nome engraçado, o SIMPLEX. Eram umas dezenas de grandes medidas para simplificar a vida do cidadão.

Uma dessas medidas era a venda do Selo Automóvel. Eu confesso que quando vi o mecanismo que estava estipulado para este ano torci o nariz, mas como sou da oposição achei por bem dar tempo ao tempo, e ver em que é que as coisas davam. E portanto, a grande modernidade que nós tivemos foi que se podia pedir, os cidadãos podiam pedir através da Internet e as empresas tinham que pedir através da Internet, o selo do automóvel, uma muito coisa complicada que o Estado tem para fazer todos os anos, que é arrecadar os nossos impostos e dar-nos um papelinho que nós afixamos no pára-brisas do automóvel. De facto é uma coisa de grande engenharia de procedimentos que é necessário o Estado resolver.

Bom, ao abrigo deste programa SIMPLEX, temos já os resultados desta acção do Governo. Muita propaganda. E a acção do Governo resultou nisto, este ano: dois adiamentos do prazo para a entrega dos selos automóveis, hoje há ainda milhares de cidadãos que não têm os selos do automóvel que já pagaram, de forma muito moderna em sua casa, chegam umas notícias de que como houve atrasos anteriormente, muitos milhares de selos automóveis foram remetidos durante o mês de Agosto para casa dos cidadãos, que como não estavam em casa e eram remetidos com carta registada e aviso de recepção, voltaram para trás os selos do automóvel. E agora, e agora!? Notícia de hoje, hoje, dum jornal, acontece o mais grave, caricato, e ridículo deste Estado que temos, e desta incompetência que temos, que é: os cidadãos que já pagaram o seu selo de automóvel como a lei obriga, que não têm o selo para afixar no automóvel como a lei também obriga, por incompetência dos serviços do Estado, podem ser multados e podem ficar sem carta por incompetência do Estado.

E isto faz com que os cidadãos, não vale a pena nós falarmos às vezes de coisas muito complicadas, a política também é isto, isto faz com que um cidadão que quer ser cumpridor, pergunte: mas desculpe lá (vale a pena fazer esta pergunta ao Primeiro-Ministro), explique melhor isto, então o sr. modernizou isto, simplificou isto e o resultado é que o desgraçado do cidadão que já pagou, que não tem culpa nenhuma da incompetência do Estado e do Governo, pode agora sofrer as consequências desta incompetência.

E eu quero dizer daqui ao Governo que nós estamos atentos a estas matérias, estas e outras. Mas estas matérias que têm a ver com a vida dos cidadãos exigem responsabilidade na actuação do Governo. Não pompa no anúncio das coisas que se fazem todos os dias, mas responsabilidade nos resultados. E este governo tem-se caracterizado sobretudo por isso, ser um Governo de pompa nos anúncios e muito fraco, fraquinho nos resultados que consegue apresentar.

Nós vamos continuar a fazer uma política de responsabilidade na oposição, com critério, com rigor, mas não contém connosco para deixarmos passar estas e outras coisas, que representam machadadas sérias na credibilidade com que se deve fazer a política em Portugal.

E por isso eu confio, para terminar, no exemplo desta Universidade de Verão, do vosso trabalho, da capacidade do debate que aqui tivermos, na capacidade que tivermos aqui para fazer debates a sério e profundos, sobre aquilo que aflige os portugueses.

De desbravarmos aqui, porventura, alguns caminhos novos que devemos trilhar em termos políticos, de aparecerem aqui algumas boas ideias.

Desafio a JSD a aproveitar muitas das pessoas que aqui vieram dar o seu contributo e que querem continuar porventura, na JSD ou noutras estruturas, a fazer trabalho político, não lhe interessando muito aquelas pequenas coisinhas do dia a dia que consomem a paciência aos políticos e que divertem os políticos, mas que não interessam a mais ninguém, trabalho político a sério. Com os olhos postos naquilo que interessa aos políticos e à política que são as pessoas. Nunca esquecer isto.

E esta era a mensagem que eu aqui gostaria de dizer, incentivando-vos a ter uma semana magnífica, que eu sei que vão ter, com o rigor do Carlos Miguel Coelho, que vai ser implacável nas horas, mas julgo que esse é um sinal importante que também temos que introduzir na sociedade portuguesa, mas sobretudo com o aproveitamento que eu sei que vão ter desta semana, numa universidade que nós queremos prestigiada, que nós queremos que credibilize a actividade política, e que nos queremos que seja o ponto de encontro dos melhores.

Os senhores e as senhoras, os meus amigos foram considerados os melhores para esta universidade, e isso é para mim, por si só, garantia de sucesso que desejo para todos.

Muito obrigado.
 
Dr.Mota Amaral
Sr. Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vida, Sr. Secretário-Geral do PSD, Sr. Presidente do Congresso da JSD, meu caro Carlos Coelho, Magnífico Reitor da Universidade de Verão que hoje se inicia.

Meus amigos, em nome do Instituto Francisco Sá Carneiro com muito prazer dou as boas-vindas a todos para esta jornada que agora se inicia, e ao mesmo também dou os parabéns porque como aqui foi já repitido várias vezes, nós estamos perante uma selecção nacional, depois do entusiasmo com que acompanhámos a nossa selecção nacional do Futebol, só falta que se ponham por aí bandeiras por todo o país para apoiar a selecção nacional que está em Castelo de Vide a preparar-se através da Universidade de Verão para uma participação mais responsável na vida cívica do nosso país.

O seu a seu dono. Esta Universidade de Verão é uma belíssima iniciativa do eurodeputado Carlos Coelho a quem eu uma vez mais felicito quando lhes disse há pouco Magnifico Reitor, não estava a brincar, quando aqui vim na primeira edição desta universidade atribuí-lhe esse título e mantenho-o porque está comprovado com o tempo, naquela altura era apenas quase se pode dizer uma previsão, hoje é uma realidade, que a Universidade de Verão ganhou as suas esporas de ouro, adquiriu o seu prestígio, é uma referência para o nosso país, para a gente nova, para aqueles que têm as responsabilidades na vida política portuguesa.

O Instituto Francisco Sá Carneiro tem uma grande prazer, uma grande honra em dar o seu patrocínio, participar também de alguma forma, desde logo com a intensa participação do seu Vice-Presidente, Carlos Coelho, na organização e na realização da Universidade de Verão, para que este projecto vá para a frente, e seja de ano para ano cada vez melhor, cada vez mais eficaz.

Ao fim de tantos e tão interessantes discursos, sinto-me dispensado de fazer aqui a oração de sapiência da abertura da Universidade de Verão. Desde logo porque, de alguma forma, sou responsável embora não exclusivamente responsável, pelo facto de termos começado a Universidade de Verão quebrando a terceira das suas regras, que é a pontualidade. Ora, cheguei atrasado, peço muita desculpa, possivelmente o programa foi-me enviado por carta registada com aviso de recepção como os selos dos automóveis e não foi parar ao meu endereço, de maneira de só à última hora é que tive de organizar-me para vir por aí acima.

Mas precisamente por isto, sinto-me dispensado, repito, de fazer essa oração de sapiência, que é usual fazer nos começos das tarefas universitárias ao longo do exercício de algumas funções de há uns anos atrás, assistia todos os anos à abertura das aulas da Universidade dos Açores, e por isso, pude perceber bem a importância da oração de sapiência.

Eram umas longas conferências, nalguns casos ultrapassavam uma hora, e sobre os assuntos mais variados, aqueles que eu me consigo recordar imediatamente, e podem compreender bem porquê, foi uma oração de sapiência em que se expunha com grande profundidade científica inquestionavelmente, a descoberta de uma espécie de caracóis hermafroditas. A vida dos caracóis hermafroditas era descrita com grandes pormenores, que eu agora me dispenso de aqui repetir, e só posso dizer isso sim, é que à medida que a exposição progredia eu estava a sentir-me enterrar-me pelo chão abaixo, naquela altura não havia a liberdade de tratamento de certos assuntos que hoje em dia existe.

Ora bem, por via disto, as minhas palavras de hoje são apenas para felicitar todos, desejar um grande sucesso e já que fui responsável de começarmos atrasados a sessão inaugural, que não sejamos todos responsáveis por começarmos atrasados o nosso primeiro jantar de convívio.

Muito obrigado.
 
Dep. Carlos Coelho
Ainda de acordo com a tradição, há uma cerimónia que fazemos antes de subir para o jantar, que é conhecerem os vossos conselheiros, que serão os depositários dos vossos estandartes, que depois perceberão a utilidade na vossa primeira reunião de grupos que se fará a seguir ao jantar.

Portanto, vou pedir à Senhora Presidente da Mesa do Congresso da JSD que entregue ao Dr. João Bosco Mota Amaral, que fará o favor como Presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro, de entregar aos Conselheiros os estandartes de cada um. E chamo em primeiro lugar o Conselheiro, que além de ser conselheiro foi aluno também, (os Conselheiros são sempre recrutados entre os ex-melhores alunos, portanto, os cinco conselheiros deste ano estiveram entre os melhores alunos de 2003, 2004 e 2005), e o primeiro que eu vou chamar é também o nosso médico de serviço, isto é, se alguém tiver algum problema médico não pense que não estamos dotados, estamos, temos um médico entre nós, que é um ex-aluno da Universidade de Verão e que é agora Conselheiro, e que será o Conselheiro dos grupos rosa e bege, e que é o Ricardo Leite; (Aplausos enquanto o Dr. Mota Amaral entrega os estandartes Rosa e Bege) para os grupos vermelho e verde, que são as cores, aliás, predominantes na nossa bandeira nacional, é a Ana Miguel; (Aplausos enquanto o Dr. Mota Amaral entrega os estandartes) os grupos, cinzentos e roxo, terão como conselheiro o Carlos Lopes; (Aplausos enquanto o Dr. Mota Amaral entrega os estandartes) os grupos, amarelo e laranja, terão como conselheira a Magda, que foi uma das melhores do ano passado e a quem agradeço a saudação inicial que nos dirigiu; (Aplausos enquanto o Dr. Mota Amaral entrega os estandartes) e os últimos grupos são o azul e o castanho, e o conselheiro é o Bruno. (Aplausos enquanto o Dr. Mota Amaral entrega os estandartes Azul e Castanho)

Muito bem, estes são os vossos cinco conselheiros, convido-vos agora para subir ao primeiro lugar, para a sala de jantar, onde teremos um jantar com o Presidente da Câmara de Castelo de Vide, o Dr. António Ribeiro.